O artigo aborda a possibilidade de que a cláusula compromissória prevista em determinado instrumento de contrato possa abarcar conflitos oriundos de outro contrato àquele coligado como efeito do procedimento interpretativo. Como chave de leitura é utilizada a proteção da confiança, tutelando as legítimas expectativas criadas pelo comportamento dos envolvidos e pelos usos e costumes daquele mercado. Nessa linha, são analisados critérios como a intensidade do vínculo entre os negócios, eventual relação de acessoriedade entre eles, bem como – especialmente quando as partes forem diversas – a existência de grupo de sociedades e de aparência de representação.