As condutas antiéticas e antiprofissionais estão se proliferando nas últimas décadas no âmbito das arbitragens internacionais. A questão que se coloca é se as chamadas “práticas de guerrilha” poderiam ser efetivamente combatidas. A resposta é afirmativa, mas dependeria de uma ação conjunta e coordenada dos principais usuários da arbitragem, especialmente das instituições da arbitragem e dos ár-bitros. As instituições de arbitragem procurando regular o assunto em suas regras e os árbitros aplicando, de fato, severas penalidades para coibir essas condutas. Os advogados também têm total responsabilida-de em evitar a prática de medidas antiéticas e antiprofissionais que possam comprometer a eficiência da arbitragem como método de solução de controvérsia. Uma atitude precisa ser tomada de forma definitiva e imediata, de modo a preservar os fins a que arbitragem, como procedimento, se propõe.

SUMÁRIO: 1 O problema; 2 As táticas de guerrilha; 3 O dilema da regulamentação; 4 Propostas recentes; 5 O papel das instituições de arbitragem; 6 O papel dos árbitros; 7 Gargalos; Conclusão.