Estudiosos exploraram o impacto do inconsciente no processo de tomada de decisões jurídicas. Pesquisas mostraram que, assim como acontece com todos os seres humanos, as reações intuitivas desempenham um papel significativo na tomada de decisão dos juízes. Embora não haja unanimidade quanto à suficiente extensão dos estudos para que se tire conclusões sobre o grau no qual as faculdades deliberativas de um juiz são invocadas para substituir a sua reação intuitiva, não há dúvida de que a intuição é operativa e que influencia o processo decisório do juiz, assim como o de todas as pessoas. Dada a semelhança das tarefas, pode-se concluir que a tomada de decisão dos árbitros também é afetada, de maneira semelhante. Este artigo examina a influência dos processos intuitivos inconscientes no processo arbitral e oferece sugestões para fomentar uma sobreposição deliberativa mais robusta e para melhorar a qualidade das decisões dos árbitros. Ele também fornece sugestões a serem consideradas pelo conselho, de modo a ajudá-lo a capitalizar essas influências inconscientes. A fim de fornecer um contexto que reflita a real tomada de decisão do árbitro, os resultados de uma pesquisa sobre árbitros é relatado, ilustrando e ampliando a influência psicológica discutida.

SUMÁRIO: I – Introduction; II – Unconscious Blinders; A) Informational Blinders – Inadmissible evidence; 1. The 2012 Arbitrators Survey; 2. The Empirical Studies; 3. Implications for Arbitration;B) Cognitive Blinders – Heuristics; 1. Hindsight Blinder; a) The empirical study; b) Implications for arbitration; 2. Anchoring Blinder; a) The 2012 arbitrator survey; b) The empirical studies; c) Implications for arbitration; 3. Framing Blinder; a) The empirical studies; b) Implications for arbitration; 4. Coherence and Ego-Centricity Blinders; a) The 2012 arbitrator survey; b) Empirical studies; c) Implications for arbitration; 5. Confirmation Blinder; a) 2012 arbitrator survey; b) Empirical studies; c) Implications for arbitration; III – Attitudinal Blinders – Background and Experience; A) Empirical Studies; B) Impli-cations for Arbitration; IV – Improving Arbitrator Decision-Making; V – Advice for Arbitration Counsel; A) How Many Arbitrators; B) Tapping the Social Scientists; C) Enhanced Arbitrator Interviews; VI – Conclusion