Este ensaio é, em primeira linha, uma reflexão sobre os mecanismos de resolução de litígios internacionais e, mais concretamente, sobre o uso de um novo conceito ("Tratados bilaterais de arbitragem") no campo da arbitragem comercial internacional. O conceito do "BAT" baseia-se numa espécie de "consentimento construido", um género de "convenção de arbitragem com eficácia para terceiros", a qual é uma concepção que provém dos "tratados bilaterais de investimento". A experiência dos "BITs" mostra-nos a existência de uma "oferta irrevogável" feita pelo Estado anfitrião aos investidores nacionais do outroEstado anfitrião aos investidores nacionais do outro Estado contratante, segundo a qual todas as disputas relativas a investimentos feitos naquele Estado poderão ser submetidas a arbitragem por simples opção desse investidor estrangeiro. Com o conceito do "BAT", dois Estados contratantes celebrarão entre si um tratado bilateral de acordo com o qual todas as disputas emergentes de transações comerciais internacionais entre nacionais desses Estados serão submetidas a arbitragem através de uma previsão normativa de natureza supletiva, ficando as partes legitimadas a derrogar tal previsão. Este ensaio pretende abordar as vantagens, inconvenientes e os "BUTs" (os "mas .") dos "BATs", explorando também a extensão deste conceito para um "tratado multilateral de arbitragem" ("Multilateral Arbitration Treaties" or "MATs").