A arbitragem internacional mudou consideravelmente desde o primeiro trabalho compreensivo em sociologia da arbitragem internacional, em 1996, escrito por Dezalay e Garth. Este artigo considera essas mudanças por meio do prisma da sociologia. Embora os atores essenciais (partes e árbitros) permanecem os mesmos, a arbitragem inclui, hoje em dia, uma série de novos atores: os vários prestadores de serviços, incluindo os "comerciantes do reconhecimento" que distribuem legitimidade dentro do campo da arbitragem internacional; e os fornecedores de valores que orientam o desenvolvimento da arbitragem internacional e como atores sociais arbitrais devem se comportar. Este artigo também descreve os principais rituais da arbitragem internacional que estruturam a forma de comportamento esperada dos atores sociais, bem como a forma pela qual os atores interagem no campo da arbitragem internacional. Em particular, o artigo mostra como a arbitragem internacional, na qualidade de campo social, evoluiu de um modelo solidário a um modelo de polarização no qual uma variedade de atores compartilham diferentes conjuntos de valores e princípios. Depois de ilustrar uma distinção entre funções e papéis e seu impacto sobre a avaliação de conflitos de interesses, o autor explora como as normas são geradas em um campo polarizado.
Sumário
1. Introdução - 2. A arbitragem internacional como campo social - 3. A interação entre atores sociais no campo da arbitragem internacional - 4. Conclusão
RANZOLIN, Ricardo (org.). Arbipedia. Comentários à Lei Brasileira de Arbitragem. Arbipedia, Porto Alegre, 2025. Acesso em: 12-09-2025. Disponível em: https://www.arbitpedia.com/conteudo-exclusivo/3743-sociologia-da-arbitragem-internacional.html?category_id=702
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